Talvez, teus olhos negros é o abismo sem final, que meus passos sempre vão para obscuro de tua direção.
- Bebo do orvalho viscoso da manhã, após a noite de gritos e garrafas vazias espalhada pelo chão da sala!
Teu suspiro entorpecido me náufraga.
Meu eu entorpecido me âncora.
Lançou tua âncora sobre meu barco! Deu - lhe teu miserável afago na primeira noite em prantos.
- Sem nenhuma vitória em alto mar, deito na proa do meu barco e durmo, sonolenta, mas assim nem tão calma, nem tão paciente.
- Me calo, finjo que não ouço, o barulho de teu passado e, finjo que não és uma estrela negra, a percorrer o meu azul céu!
Mas hoje... Só hoje, não quero escutar a tua voz de náufrago impiedoso!
Nem lhe doar, momentos de amor entre arrepios pelo teu pescoço!
- Quero apenas, os confins deste mar e, dentro dele me submergir, para que eu não voltes a superfície
e me depare com tuas âncoras de guerra, nem teu cruel perfume de santa inversa.
Maruja