A filha de 13 anos de uma enfermeira, tentou se matar no inicio desse ano, cortando os pulsos.
Um garoto de 16 anos se enforcou no terraço da própria casa a cinco meses.
Uma carta suicida de um aluno de 12
anos, foi interceptada pela direção
de uma escola a uns quatro meses.
Um promotor de justiça, esposo, pai
de 03 adolescentes, se enforcou na
própria sala de leitura, a tres meses.
Um trabalhador rural tentou tirar a
própria vida tomando uma cartela inteira
de um medicamento tarja preta, a pouco mais de um mes.
A neta da minha secretária de apenas 11 anos tem se cortado e se mutilado a um tempinho.
Hoje, um amigo de 25 anos,
iniciando uma carreira promissora de modelo em SP,
se suicidou pulando de uma ponte.
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Vale
ressaltar que nao estou falando de forma nacional ou mundial. Estou
descrevendo a realidade de uma cidadezinha com 13 mil habitantes no interior do ES.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o suicídio como a segunda principal causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos. No Brasil, os casos aumentaram 65%, entre pessoas com idade de 10 a 14 anos, e 45% na faixa de 15 a 19 anos, de 2000 a 2015. [Informação, com dados do Ministério da Saúde, da última edição do Mapa da Violência, publicada em 2017].
Classes
Sociais? Idade? Orientação Sexual? Problemas Financeiros?
Complexo de
Inferioridade? Violência? Abuso? Drogas? Depressão?
Pobreza Extrema?
Relacionamentos? Fatores Psiquiátricos,
Familiares, Religiosos?
Qual seria o gatilho?
Observando
os casos da minha cidade, nota-se que o suicídio é um fenômeno
complexo,
multifacetado, de múltiplas motivações, que afeta indivíduos
de diferentes perfis. Diante
de tamanha banalização da vida, parece-me
demagogia escolher apenas um mes para
tratar de um assunto que
tem ceifado tantas vidas diariamente...
De Janeiro à Janeiro!!!!
AnaCarolina ®
