Apenas um poema XVIII...
Em minhas asas,
pétalas fraquejadas
Some o vento de meus desejos,
Sonhos perfurados
desta alma perdida em seu próprio abismo
Feito de neve e calor.
Em minhas pétalas, cálidas asas
Caem as doces gotas de orvalho que não me pertencem
Diante deste reflexo mudo,
nada se vê
Apenas o sangue que escorre,
as palavras que se desfazem na memória
Em minhas pétalas de libélula,
gotas de chuva se desfazem
Diante da beleza posta na noite,
que embebeda minh’alma
Feito fluxo de lembranças perdidas
Em minhas asas de tulipa,
arrancadas pela doce brisa
Sinto escorrer as mudas palavras
que tu não disseste
Feito a chuva que escorre na noite,
vejo o meu tempo perdido.
bY √αмρyяsкα.