lombrah

 
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Tudo que nao me mata me fortalece.
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Vicio Espiritual

Meu lado Espiritual


       Na psique humana, é profundo inexorável anseio por algo além do mundano ou do explicável. Ele nasce da necessidade de se dar sentido à existência, de encontrar algo maior do que nós mesmos. E também decorre do anseio de pertencer, de viver da vida segundo uma interação harmoniosa com os outros, com a natureza, com
Deus, com o Universo. Antigamente, essa interação era parte da condição humana.

       

       Nas sociedades caçadoras-coletoras, a crença religiosa estava sempre ligada à natureza. Defrontadas com perigos constantes, as pessoas buscavam maneira de viver em harmonia com o ambiente imprevisível cultuado a terra, seus elementos e seus animais selvagens. A vida era trespassada pela espiritualidade. Com o crescimento da tradição judaico-cristã, os poderes psi passaram a ser vistos como divinos ou então como demoníacos. Mas permaneceram alguns bolsões da antiga ordem, que ainda hoje em dia resistem nas religiões orientais e em culturas que no Ocidente costumam ser consideradas prejudicadas pela superstição, como as comunidades de caminhantes aborígenes, de xamãs da Mongólia e da Amazônia, dos encantadores de tubarões do Pacifico Sul e dos curandeiros africanos. Muitos exploradores com quem conversei foram criados por pais religiosos e, na adolescência, se afastaram de suas igrejas. Essa apostasia muitas vezes deixa aquilo que Jean-Paul Sartre chamava de “buraco em formato de Deus”. A fome espiritual é epidêmica em nossa sociedade. Isso se evidencia
no florescimento do movimento da Nova Era, no interesse a elas religiões orientais e, talvez, no número de cada vez maior de pessoas que escolhe para sua “recriação” ir em busca da natureza e se abrir ao seu poder.

 

“O Deus da minha infância não é o Deus de que falo agora”, diz Stephen Koch, um atleta do montanhismo e das acrobacias aéreas, criado como católico.

 

“Não é esse o Deus que eu sinto. Meu Deus é a beleza da natureza. É a terra em seu estado mais natural, não maculada pelo homem. Você ainda pode encontrar isso nas montanhas, nos oceanos, no deserto. Esses são os lugares onde experimento o mais profundo sentimento de paz”.

 

        O esportista radical maioria se considera pessoas profundamente independentes, construindo caminhos de vida bastante incomuns. Assim, não surpreende que sua espiritualidade seja geral muito particular, idiossincrática, inextricavelmente vinculada à natureza e às situações que vivenciam ali.

 

“Estar em picos elevados me faz sentir em intimidade com o infinito”, diz Pete Athans, que escala o Everest.

 

“Lá me sinto mais em contato com a natureza. Mais vivo. Não acho que os escaladores sejam somente um bando eclético de desajustados. De diversas maneiras, penso que somos os portadores da tocha de um relacionamento com o mundo natural. Assim como eu muitos estão insatisfeitos com a religião ocidental contemporânea, e então nós a substituímos com a nossa espécie de fé”.

       

       A dificuldade de falarmos e exemplificar, provar empiricamente o que é de fato é muito grande, não tendo uma filosofia que lhes servisse de base. Se não conseguimos encontrar um nome para alguma coisa, é difícil para nós aceitar que isso realmente exista.

 

“Com as nossas loucuras, o que estamos fazendo, sem pretender fazê-lo de fato, é criar uma espécie de religião, Uma religião incoerente, em que os adeptos reúnem os elementos de qualquer jeito, mas mesmo assim uma religião... as ligações que fazemos ali são completamente abençoadas, são religiosas no sentido mais profundo do termo.”

 

       Em 1997, Elliot descobriu as delicias de praticar Snowboarding (Alma deslizando) na neve solta. No mesmo instante, ele ficou “vidrado” na atividade e intrigado com o termo – a que se referia de “alma”? Ninguém era
capaz de lhe dizer, então ele começou a própria pesquisa, que levou ao seu doutorado sobre a espiritualidade do Snowboarding.

 

        Elliot na neve solta começou, com outros amigos, ele ria e gritava de excitação, conforme os borrifos finos de neve formavam nuvens à sua volta, inundadas de luz resplandecente. Depois sobreveio a calma. Desapareceu a sensação de se virar o tempo todo, de fazer qualquer esforço. Completamente focado no ato de estar equilibrado sobre a prancha, consciente de cada nuance da neve e da sua prancha, ele se desligou, como se a prancha estivesse se guiando sozinha e levando-o a bordo, como seu passageiro.

 

“De repente, estava tudo Fluindo”, ele se lembra. “Eu estava ao mesmo tempo dentro e fora do tempo. Lá e não lá. Era apenas puro ser... Naquele momento, eu estava muito perto de Deus. Esses episódios são a essência da experiência da alma deslizando, eles acontecem como uma dádiva de Deus.” Elliot chama esses momentos de “experiências espirituais naturais”.

 

        Segundo ele, no passado a maioria das pessoas teria precisado interpretar essas experiências segundo algum tipo de referencial religioso. Elliot ainda precisa. Ele acredita em um Deus pessoal que “quer se dar e se revelar a toda humanidade, de varias maneiras”. A alma deslizando é uma delas. Mas ele admite um interesse cada vez maior pelo que chama de “espiritualidade não institucional”, livre da égide de uma igreja, para a qual as pessoas contribuem com suas concepções e crença com base em uma multiplicidade de tradições, e em que a espiritualidade está associada com a ação e os riscos de atividades no ar livre. Então, como é que Elliot está em relação à sua busca de uma linguagem para essa nova espiritualidade, em particular para aqueles momentos “fora do tempo” que ele experimenta quando faz Snowboarding? Diante dessa pergunta, ele ri com certo pesar. “Uma parte de mim quer dizer que isso é tão sagrado que nem deveríamos tentar lhe dar um nome.”

 

         De todos os esportistas radicais, os surfistas são os que chegam mais perto de uma linguagem comum para o aspecto espiritual de seu esporte e têm mais facilidade em emprega-la. Muitos se referem ao mar como “Mãe Oceano”. Sem constrangimento, falam do “surfar com a alma”. William Finnegan escreve sobre provar, nas ondas grandes, “a sensação intensa de um vasto incognoscível projeto” e se refere aos lugares onde surfou como “estações em uma peregrinação em etapas curtas que se enovelam... uma longa busca, através de um mundo destruído, por fragmentos de uma bem-aventurança perdida”.

 

 

        Mark Fawcett, profissional de Kitesurf, sente que algum poder maior deve ter deliberadamente criado o local perfeito em termos de ondas oportunidades por onde passa, no mundo todo.

 

“Simplesmente, é coincidência de mais que tudo tenha acontecido por acaso. Toda vez que saio da agua, sinto uma imensa gratidão por esse poder, qualquer que ele seja. Você vai ter um monte de surfistas dizendo a mesma coisa, que sair todo dia de manha e entrar na agua e se tornar parte dela, fluindo com ela, é a igreja para eles. É uma coisa linda, muito linda.” (Maria Coffer  - P 19, 23)

 

Do livro: Descobridores do Infinito - Autor: Maria Coffey


Palavras ao Vento

Tudo começa com um pouco de saudade
Um amor perdido com desejo e ansiedade
Paro em uma esquina e, do nada, me lembro
Das coisas que aprendi com você. 

Você me ensinou a viver com a sutileza do seu olhar
Com seu jeito de encarar a vida
Como se só existisse o hoje e o amanhã,
Suas palavras caíam bem nas horas difíceis,
Consolava-me como o pôr-do-sol
E a chegada da noite indiscreta. 

Por esses motivos só queria te amar mais e mais,
Queria está do teu lado em todos os dias da minha vida.
E hoje minha saudade só faz aumentar
Porque você não me ensinou a viver sem você. 

E nosso amor foi arrancado pela distância
Mas uma pessoa me disse que um dia
Todos nós teremos um final feliz!
E hoje vejo que vivo por esse amor; 

Mas me pergunto:

- Por que tu não vais até lá?

O amor não tem barreiras e por esse amor farei tudo.
Será que existirá o meu segundo amor?
Mas nessa vida queremos alcançar o primeiro lugar
Então, Adeus. Vou persistir na minha caminhada ao encontro dela.

 

Lombra Júnior


A verdade

Vida e Conhecimento

Uma donzela estava um dia sentada à beira de um riacho, deixando a água do riacho passar por entre os
seus dedos muito brancos, quando sentiu o seu anel de diamante ser levado pelas águas. 


Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa que fora assaltada por um homem no bosque e que
ele arrancara o anel de diamante do seu dedo e a deixara desfalecida sobre um canteiro de margaridas. 


O pai e os irmãos da donzela foram atrás do assaltante e encontraram um homem dormindo no bosque, e
o mataram, mas não encontraram o anel de diamante. 


E a donzela disse: - Agora me lembro, não era um homem, eram dois.

E o pai e os irmãos da donzela saíram atrás do segundo homem e o encontraram, e o mataram, mas ele
também não tinha o anel.


E a donzela disse: - Então está com o terceiro! Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante. O pai
e os irmãos da donzela saíram no encalço do terceiro assaltante, e o encontraram no bosque. Mas não
o mataram, pois estavam fartos de sangue. E trouxeram o homem para a aldeia, e o revistaram, e
encontraram no seu bolso o anel de diamante da donzela, para espanto dela. 


- Foi ele que assaltou a donzela, e arrancou o anel de seu dedo, e a deixou desfalecida - gritaram os aldeões
- matem-no! 


- Esperem! - gritou o homem, no momento em que passavam a corda da forca em seu pescoço - eu não
roubei o anel, foi ela que me deu! 


E apontou a donzela, diante do escândalo de todos. 

O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pescando quando a donzela se aproximou dele e pediu
um beijo. Ele deu o beijo. Depois a donzela tirara a roupa e pedira que ele a possuísse, pois queria saber o que
era o amor. 


Mas ele como era um homem honrado... Resistirá! Dissera que a donzela devia ter paciência e aguardar
conhecer o amor com seu marido em sua noite de núpcias. 


Então a donzela lhe oferecera o anel, dizendo:

"Já que meus encantos não o seduzem, este anel comprará seu amor". E ele sucumbira, pois era pobre, e a
necessidade é o algoz da honra.


Todos se viraram contra a donzela e gritaram: 

"Rameira! Impura! Diaba!" 

E exigiram seu sacrifício. 

E o próprio pai da donzela passou a corda para o seu pescoço. 

Antes de morrer, a donzela disse para o pescador: 

- A sua mentira era maior que a minha. 

Eles mataram pela minha mentira e vão matar pela sua. Onde está, afinal, a verdade? 

O pescador deu de ombros e disse: 

- A verdade é que eu achei o anel na barriga de um peixe. Mas quem acreditaria nisso? 

O pessoal quer violência e sexo, não histórias de pescador.

 

 

Do livro: As Mentiras Que Os Homens Contam - Autor: Luis Fernando Veríssimo


O Resto Do Mundo

O Resto Do Mundo - Gabriel O pensador


Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
Eu me chamo de excluído como alguém me chamou
Mas pode me chamar do que quiser seu doutor
Eu não tenho nome
Eu não tenho identidade
Eu não tenho nem certeza se eu sou gente de verdade
Eu não tenho nada
Mas gostaria de ter
Aproveita seu doutor e dá um trocado pra eu comer...
Eu gostaria de ter um pingo de orgulho
Mas isso é impossível pra quem come o entulho
Misturado com os ratos e com as baratas
E com o papel higiênico usado
Nas latas de lixo
Eu vivo como um bicho ou pior que isso

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou... Eu não sou ninguém

Eu to com fome
Tenho que me alimentar
Eu posso não ter nome, mas o estômago tá lá
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal
Tenho que me rebaixar a esse ponto porque a necessidade é maior do que a moral
Eu sou sujo eu sou feio eu sou anti-social
Eu não posso aparecer na foto do cartão postal
Porque pro rico e pro turista eu sou poluição
Sei que sou um brasileiro
Mas eu não sou cidadão
Eu não tenho dignidade ou um teto pra morar
E o meu banheiro é a rua
E sem papel pra me limpar
Honra?
Não tenho
Eu já nasci sem ela
E o meu sonho é morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
A minha vida é um pesadelo e eu não consigo acordar
E eu não tenho perspectivas de sair do lugar
A minha sina é suportar viver abaixo do chão
E ser um resto solitário esquecido na multidão

Frustração
É o resumo do meu ser
Eu sou filho da miséria e o meu castigo é viver
Eu vejo gente nascendo com a vida ganha e eu não tenho uma chance
Deus, me diga por quê?
Eu sei que a maioria do Brasil é pobre
Mas eu não chego a ser pobre eu sou podre!
Um fracassado
Mas não fui eu que fracassei
Porque eu não pude tentar
Então que culpa eu terei
Quando eu me revoltar quebrar queimar matar
Não tenho nada a perder
Meu dia vai chegar
Será que vai chagar?
Mas por enquanto

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto do mundo
Eu não sou ninguém
Eu não sou nada
Eu não sou gente
Eu sou o resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto
Eu não sou ninguém

Eu não sou registrado
Eu não sou batizado
Eu não sou civilizado
Eu não sou filho do Senhor
Eu não sou computador
Eu não sou consultado
Eu não sou vacinado
Contribuinte eu não sou
Eu não sou comemorado
Eu não sou considerado
Eu não sou empregado
Eu não sou consumidor
Eu não sou amado
Eu não sou respeitado
Eu não sou perdoado
Mas também sou pecador
Eu não sou representado por ninguém
Eu não sou apresentado pra ninguém
Eu não sou convidado de ninguém
E eu não posso ser visitado por ninguém
Além da minha triste sobrevivência eu tento entender a razão da minha existência
Por que que eu nasci?
Por que eu to aqui?
Um penetra no inferno sem lugar pra fugir
Vivo na solidão mas não tenho privacidade
E não conheço a sensação de ter um lar de verdade
Eu sei que eu não tenho ninguém pra dividir o barraco comigo
Mas eu queria morar numa favela, amigo
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela.

Conclusão

  Musica para conscientização de que as necessidades ou problemas que muitas vezes
nós 
valorizamos e deixamos de enxergar o todo, ou seja, enquanto maioria almeja alcançar
seus ideais existem pessoas que a sua problemática é apenas: “O meu sonho é morar numa
favela”.
Penso também nos moradores de rua que foram queimados ultimamente, quem 
está na situação tem consciência da “visão dele e do outro”, “Sou mendigo um indigente 
um indigesto um vagabundo, não sou ninguém, sou sujo, feio, antissocial”.  Quando ele 
fala “Eu gostaria de ter um pingo de orgulho, mas isso é impossível pra quem come o entulho, 
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal tenho 
que me rebaixar a esse ponto porque a necessidade é maior do que a moral.” Veio a mente a 
questão id, ego e superego¹, proposto por Sigmund Freud. Analisando da forma psicanalítica 
podemos afirmar que a necessidade de pedir é mais pra satisfazer o prazer e evitar a dor, e 
quando o mendigo pede o alimento ele não se preocupa com a ética moral imposta na sociedade,
desconhecendo todas as circunstancias.

  Já no âmbito da personalidade temos como exemplo: A hierarquia de necessidades de Maslow²,
em que as necessidades de nível mais baixo devem 
ser satisfeitas antes das necessidades de nível
mais alto. Cada um tem de "escalar" uma 
hierarquia de necessidades para atingir a sua auto
realização. E eu dou mais enfoque a questão 
das necessidades de níveis baixas, ou seja,
necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, 
a sede, o sono, o abrigo. Eu poderia colocar
vários teóricos e varias teorias a respeito dessa 
musica e o exemplo citado, porém meu intuito
não é fazer uma fundamentação teórica e sim
problematizar o que a musica tem a colocar.
Quem é o culpado O governo x Mendigo? 
Hereditariedade x Ambiente? O que devemos por
em cheque, emprego, qualificação ou bolsa 
família(Politicas Publicas)? Esse problema é do
individuo ou sociedade? Mudar a Constituição ou aqueles que os administra? Essa realidade
de pobreza ainda existe 
no Brasil? O que você (nós) faz(emos) para mudar essa realidade?  

 

Referência 

 

1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_psicanal%C3%ADtica
2.  http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow

 

Veja o Video: 

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=qh5Di1c6afU


Surfista de Alma

Uma vez me perguntaram se eu era um surfista de alma, eu falei que sim!  E me falaram o seguinte; e se
eu te pagasse uma grana você ainda sim surfaria com a alma ou era exatamente por dinheiro? Eu respondi.

-Mano eu surfo porque a natureza se integra com meu corpo e eu me integro com a mesma, aquela que me
destrói,  que luta e me impede de continuar é a mesma que me dar a gloria, a lição, à vitória e a sensação
especial! Eu sempre estarei lá, no mar! Lutando com a natureza e comigo mesmo... E assim vou sendo feliz,
pois a recompensa que a natureza me da é impagável... Entendeu? Impagável!

Agora se queres me pagar pra eu ser feliz que seja! Jamais deixarei de ser um surfista, pois por trás de toda
suja grana existe a essência e isso que importa pra mim!  Agora se me perguntasse quanto de grana queres
pra parar de surfar? Eu te responderei!

Jamais deixarei meu surf por nada nesse mundo!